Oi, Pessoal!
Esta página é dedicada exclusivamente à Marisa dos Reis Nunes, conhecida artisticamente como Mariza (Lourenço Marques, 16 de dezembro de 1973). Mariza nasceu em Moçambique, quando o país africano ainda era uma colônia de Portugal. Filha de pai português e mãe moçambicana, transferiu-se para Portugal aos 4 anos, onde viveu e cresceu no bairro da Mouraria, um dos mais tradicionais bairros da cidade de Lisboa.
Boa audição!
“Meu fado meu”
Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago pranto
No meu canto a Mouraria
Tenho saudades de mim
Do meu amor, mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida
Trago um fado no meu canto
Na minh’alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
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“Paixão”
Há um caminho inseguro
Uma espécie de muro
Um degrau sobre os dois
Uma energia constante
Um rodopio de amante
À espera de ser dois
Uma carta que se atrasa
Cigarros de brasa
Há cinza no chão
Um desvendar de segredo
E a mão quase a medo
A pegar-te na mão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Há um passado um presente
Gravado na mente
Cismado na dor
Um arrepio disfarçado
Um olhar-te de lado
E um medo do amor
A palavra que se nega
O recuo a entrega
A balançar em mim
Uma recta que se curva
Um olhar que se turva
E um medo do fim
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Um verso que se conjuga
Um verbo e a fuga
Por dentro de mim
Vou pôr as minhas mãos no fogo
Arriscando no jogo
E dizer-te que sim
Um verso que se conjuga
Um verbo e a fuga
Por dentro de mim
Vou pôr as minhas mãos no fogo
Arriscando no jogo
E dizer-te que sim
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
Como é que eu hei-de apagar esta paixão
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“O Tempo não para”
Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei
Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p’ra ti
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
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“Chuva”
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai… meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
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“Melhor de mim”
Hoje, a semente que dorme na terra
E se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor
Ainda que a esperança da luz
Seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa gota amor
Também eu estou
À espera da luz
Deixo-me aqui
Onde a sombra seduz
Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará
É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!
É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar
Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento
Meu o destino na vida é maior
Também eu vou
Em busca da luz
Saio daqui
Onde a sombra seduz
Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará
É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!
É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar
Sei que o melhor de mim
Está por chegar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar
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“Beijo de saudade”
(Com Mariza e Tito Paris, cantor cabo-verdiano)
Ondas sagradas do Tejo
Deixa-me beijar as tuas águas
Deixa-me dar-te um beijo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Nas tuas ondas cristalinas
Deixa-me dar-te um beijo
Na tua boca de menina
Deixa-me dar-te um beijo, óh Tejo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Minha terra é aquela pequenina
É Cabo Verde terra minha
Aquela que no mar parece criança
É filha do oceano
É filha do céu
Terra da minha mãe
terra dos meus amores
Bêjo Di Sodade
Onda sagrada di Tejo
Dixám’bejábu bô água
Dixám’dábu um beijo
Um bêjo di mágoa
Um bêjo di sodadi
Pá bô levá mar, pá mar leval’nha terra
Na bôs onda cristalina
Dixám’dábu um beijo
Na bô boca di mimina
Dixám’dábu um beijo óh Tejo
Um bêjo di mágoa
Um bêjo di sodadi
Pá bô levá mar, pá mar leval’nha terra
Nha terra ê quêl piquinino
È Cabo Verde, quêl quê di meu
Terra que na mar parcê minino
È fidjo d’oceano
È fidjo di céu
Terra di nha mãe
Terra di nha cretcheu
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