No post de hoje, vamos falar sobre um dos maiores e mais influentes poetas brasileiros: Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987).
Drummond, como bom modernista, dominava a arte de libertar as palavras, explorando a língua de forma única e quebrando padrões tradicionais. 📜✨
Para celebrar esse grande poeta, escolhemos um poema muito especial: “Para sempre”, uma emocionante homenagem à eternidade das mães. E para tornar tudo ainda mais especial, trouxemos um vídeo com o próprio Drummond declamando seus versos. 🎥📖
Esperamos que gostem! 💙
Para sempre
Por que Deus permite
Que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite
É tempo sem hora
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba
Veludo escondido
Na pele enrugada
Água pura, ar puro
Puro pensamento
Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio
Mãe, na sua graça
É eternidade
Por que Deus se lembra
– Mistério profundo –
De tirá-la um dia?
Fosse eu rei do mundo
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca
Mãe ficará sempre
Junto de seu filho
E ele, velho embora
Será pequenino
Feito grão de milho.
➡️ Ouça Drummond declamando o seu próprio poema.
Bons estudos e até breve!
Cláudia V. Lopes
