Expressões de tempo “desde” e “há”

TEMPO

Olá, pessoal!

No nosso post de hoje, iremos ver alguns usos das expressões de tempo “desde” e ““, portanto, prestem muito atenção nos exemplos. Embora essas expressões indiquem tempo decorrido, devemos ter cuidado para não usar uma no lugar da outra.

As expressões de tempo “desde” e “” relacionam-se com o presente e o passado.

DESDE (preposição) – combinação da antiga preposição des (< lat. de ex), já documentada no século XIII, com a preposição de.

a) a partir de (no espaço, no tempo); a datar de, etc.:

Chovia desde a Bahia até o Espirito Santo.
Estou trabalhando desde cedo.
Estou a esperar por vocês desde as duas horas da tarde.
Vive na França desde os cinco anos.
Cristina mora na Espanha desde 1996.

Obs.: Estou esperando por você desde as 5h da tarde e NÃOdesde às 5h da tarde“. DESDE é uma preposição que se refere a movimento ou extensão a partir de um ponto e deve ser acompanhada por um ARTIGO.

trabalhar

(Créditos da imagem – Cygnus)

– do verbo HAVER, com sentido impessoal: ter transcorrido ou ser transcorrido (tempo), com o verbo SEMPRE na terceira pessoa do singular:

Estiveram na Itália cinco anos.
Frequento a universidade de letras três anos.
dias que não o vejo.
Não a vemos mais de duas semanas.
Estou sem comer 6 horas.

Obs.: as mesmas frases poderiam ser escritas utilizando o verbo “fazer” com sentido de tempo transcorrido, com o verbo na terceira pessoa do singular – Faz cinco anos que estive na Itália; faz três anos que frequento a universidade de letras.

Exercícios – complete os espaços em branco com as expressões de tempo “desde” e ““:

a) Estou trabalhando …………. as 6 horas da manhã.

b)…………… dias que me sinto assim cansada, acho que preciso de férias.

c) ……………. quando vocês não se falam? ……………. o ano passado.

d) …………….. quanto tempo seus pais vivem nos Estados Unidos?

e) Estamos esperando o ônibus para o centro da cidade ……………. mais de 20 minutos!

f) Eles vivem no Brasil ………………… 2007.

h) ……………………. quando você trabalha aqui?

i) Não saímos juntos ………………. muito tempo.

Até breve e bons estudos!

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Alguns usos do advérbio “já”

Livro

Olá, pessoal!

No nosso post de hoje, iremos estudar alguns usos do advérbio ““. Logo, peço que prestem atenção em cada exemplo, pois somente assim será possível entender, de uma vez por todas, como e quando usá-lo. Para facilitar a compreensão, os exemplos foram traduzidos em italiano. Para as próximas vezes, faremos a tradução em outras línguas

O advérbio “já” é usado em situações no presente, passado ou futuro, como veremos a seguir.

  • imediato, prontamente, incontinente:
Saiam  daqui! Andate subito via di qui!
  • desde logo, então:
Se estiver de plantão no dia da festa, fica já desculpada por não vir. Se sarai di turno nel giorno della festa, sei già scusata per non venire.
  • neste instante, agora:
 consigo imaginar como será a nossa viagem de lua de mel. Ormai riesco ad immaginare come sarà la nostra luna di miele.
  • neste instante, agora:
– Está vendo aquela ilha?

– Sim,  consigo vê-la ao longe.

– Vedi quell’isola?

– Sì, ormai la vedo in lontananza.

  • logo, em pouco tempo, num instante:
Ana saiu dizendo que voltava . Anna se n’è andata dicendo che tornava presto.
  • antes, anteriormente; antecipadamente:
 li este livro no ano passado. Ho già letto questo libro l’anno scorso.

Até breve e bons estudos!

Se gostaram do post e quiserem dar ideias para os próximos, deixem as sugestões nos comentários. 

Castro Alves – O Navio Negreiro (Tragédia no mar)

Caros amigos,

Hoje compartilhamos com vocês “O navio negreiro”, poema de autoria de um dos mais importantes poetas do Romantismo Brasileiro do século XIX chamado Castro Alves  (Muritiba, 14 de março de 1847 – Salvador, 6 de julho de 1871), considerado o maior defensor do abolicionismo, por isso mesmo, denominado “O poeta dos escravos”.

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(Créditos da imagem – Wikipédia)

Castro Alves destaca-se na poesia de caráter social. É o poeta da liberdade, denunciando desigualdades sociais, lutando sempre a favor dos oprimidos. Além da poesia de caráter social, Castro Alves destaca-se como autor de poemas líricos-amorosos em que o amor e a mulher são menos idealizados. (Literatura Brasileira, Faraco e Moura)

No poema é descrito um cenário apocalíptico de muita dor e sofrimento dum povo – africanos escravizados – levado à força para o outro lado do oceano em condições desumanas. As cenas, detalhadamente descritas, são contemporâneas, se comparadas à atual emergência humanitária que assistimos todos os dias na televisão: seres humanos que fogem de sua terra natal em função das guerras constantes e de bombardeamentos, que arriscam a vida em embarcações rumo à viagem da esperança. Seres humanos desfrutados por outros seres, mas não humanos, responsáveis pelo tráfico desumano de pessoas.

navio negreiro

(créditos da imagem – Uol educacional)

O Navio Negreiro
(Tragédia no mar)

‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm… cansam
Como turba de infantes inquieta.

‘Stamos em pleno mar… Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro…

‘Stamos em pleno mar… Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes…
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?…

‘Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas…

Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest’hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento…
E no mar e no céu — a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia,
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia…
………………………………………………….
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.

II

Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!

O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu…
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!…

III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais … inda mais… não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí… Que quadro d’amarguras!
É canto funeral! … Que tétricas figuras! …
Que cena infame e vil… Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco… o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros… estalar de açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente…
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais …
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos… o chicote estala.
E voam mais e mais…

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!…”

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais…
Qual um sonho dantesco as sombras voam!…
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!…
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?…
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa…
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!…

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus…
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão…

São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe… bem longe vêm…
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N’alma — lágrimas e fel…
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis…
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus …
…Adeus, ó choça do monte,
…Adeus, palmeiras da fonte!…
…Adeus, amores… adeus!…

Depois, o areal extenso…
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos… desertos só…
E a fome, o cansaço, a sede…
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p’ra não mais s’erguer!…
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.

Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje… o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar…
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar…

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder…
Hoje… cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute… Irrisão!…

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro… ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!…
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!…

VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!…
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa… chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!…
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança…
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!…

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

São Paulo, 18 de abril de 1869.
(O Poeta, nascido em 14.03.1847,
tinha apenas 22 anos de idade)

Música portuguesa – Mariza

mariza

Ola, pessoal!

O nosso post de hoje é sobre uma das mais expressivas cantoras de fado (fadista) do atual cenário musical português chamada Marisa dos Reis Nunes, conhecida artisticamente como Mariza (Lourenço Marques, 16 de dezembro de 1973). Mariza nasceu em Moçambique, quando o país africano ainda era uma colônia de Portugal. Filha de pai português e mãe moçambicana, transferiu-se para Portugal aos 4 anos, onde viveu e cresceu no bairro da Mouraria, um dos mais tradicionais bairros da cidade de Lisboa e do qual falaremos num outro post. Foi exatamente na Mouraria que Mariza teve a oportunidade de conhecer o fado, uma canção popular de Portugal de caráter lamentoso, sempre acompanhado pela guitarra portuguesa.

guitarra portoguesa

(Guitarra portuguese)

Escolhemos para vocês uma lindíssima canção que fez e faz um grande sucesso até hoje chamada “Chuva”, uma das faixas do seu primeiro álbum “Fado em mim”, lançado em Portugal em 2001 e, depois, em 32 países.

Chuva
(Mariza)

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai… meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Até breve e boa música !

Algumas partes do corpo humano – primeira parte

Olá, pessoal!

O nosso post de hoje é bem simples, mas muito útil, pois vocês aprenderão o nome de algumas partes do corpo, bem como dizer se alguma delas dói.

corpo humano

Glossário com tradução em italiano e em inglês:

Português Italiano Inglês
a cabeça la testa head
o olho /os olhos l’occhio – gli occhi eye – eyes
a orelha / as orelhas (ouvido) l’orecchio –  gli orecchi ear – ears
o nariz il naso nose
a boca la bocca mouth
pescoço il collo neck
o braço – os braço il braccio – le braccia arm
o peito (tórax) il torace torax/chest
a barriga pancia stomach/belly
a mão – as mãos la mano – le mani hand
a perna – as pernas la gamba – le gambe leg
o joelho – os joelhos il ginocchio – le ginocchia knee
o pé – os pés il piede – i piedi foot – feet

Errata corrige: em 3:21 eu quero dizer “se comparamos tudo que a variante europeia e brasileira têm em comum”.

E como dizemos se sentimos dor *em algum lugar, por exemplo? Qual verbo ou locução devemos usar?

*nalgum sítio  (PT)

Estar com …

Eu estou com dores de cabeça/ A cabeça dói-me. (PT)
Tu estás com dores de ouvido? / Você está com dores de cabeça?
Você está com dor no joelho?; O seu joelho está doendo? (PB) /O seu joelho está a doer? (PT)

dor de cabeça

 

Estar com dores de cabeça. (PT e PB)

 

 

mal-di-pancia

 

Estar com dores na barriga.

 

dores nas pernas

 

Estar com dores nas pernas.

 

Até breve e bons estudos!

Alcune parole ai lettori italiani

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Ciao tutti!

Forse alcuni di voi già mi conoscono, mi chiamo Claudia Lopes e sono l’ideatrice e amministratrice di questa pagina. Il blog sul quale leggete i post si chiama Claulopes – Idiomi e traduzioni. Inizialmente, ho creato la pagina Facebook dedicata all’insegnamento del portoghese brasiliano agli italiani, intitolata, appunto, “Portoghese brasiliano per italiani”. Poi, dopo qualche settimana, ho cambiato di nuovo il nome della pagina per “Lingua portoghese per italiani”. Sicuramente, vi state chiedendo il motivo di tanti cambiamenti, considerando che adesso (definitivamente) la pagina si chiama “Português para estrangeiros – Portuguese for foreigners”. Purtroppo la politica di divulgazione dei post di Facebook è assai crudele, anche se la pagina ha, per esempio, 1000 followers, soltanto 10% di loro vedono sul loro feed di notizie i post che pubblico quotidianamente (questo succede anche alle altre pagine in generale). L’unico modo di assicurarsi il ricevimento di tutti gli aggiornamenti è cambiare l’impostazione, in questo modo:

Per ricevere tutti gli aggiornamenti di questa pagina, basta lasciare il mouse sul bottone “mi piace”, senza cliccarci sopra, e spuntare l’opzione “vedere per primo” e “sì, tutti le notifiche” nel feed di notizie.

Altrimenti, non saprei nemmeno io quando sarete aggiornati riguardo ai post che pubblico sulla pagina Facebook di “Português para estrangeiros – Portuguese for foreigners”.

Forse avete già capito perché ho deciso di ampliare il cerchio e dedicarmi non solo all’insegnamento del portoghese agli italiani, ma anche a tutti gli stranieri che ne abbiano interesse. Così facendo, sono riuscita ad avere più visibilità, più followers e, soprattutto, più cliccate. Ultimamente, ho invitato una mia grande amica e collega di professione Maria João Ivo (portoghese di Lisbona) per occuparsi della variante europea della lingua portoghese. Io, come sapete, sono brasiliana, di Rio de Janeiro e mi occuperò della variante brasiliana. Comunque, ci occuperemo a vicenda l’una della variante dell’altra!

Ci tengo a dirvi (soprattutto agli italiani) che ancora lavoreremo sia con l’italiano sia con il portoghese, magari con degli studi comparativi, che ci piacciono tantissimo: proverbi, locuzioni, detti popolari, strutture particolari, ecc.

Informazione sulle autrici della pagina:

Cláudia Valéria Lopes è nata a Rio de Janeiro, Brasile. Nel 2001 si laureò in lingue (portoghese – italiano) presso l’UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). È una traduttrice e insegnate di portoghese e italiano. Ha vissuto in Italia per sette anni, periodo in cui ha potuto approfondire le sue conoscenze della lingua italiana e dare continuità ai suoi studi. Ha lavorato per due anni come lettrice di lingua portoghese (norma brasiliana ed europea) per due anni presso l’Università degli Studi di Bari. Dal 2009 vive a Zurigo, dove lavora come traduttrice ed impartisce lezioni di lingua portoghese e italiana. In questo momento gestisce e scrive per i blog www.affrescoitaliano.com, dedicato all’insegnamento della lingua e della cultura italiana, e www.pordentrodalinguaportuguesa.wordpress.com, dedicato all’insegnamento della lingua e della cultura brasiliana e portoghese.

Maria João Ivo – è nata in Portogallo, Lisbona, si è diplomata in linguistica formativa. Da più di 20 anni lavora come traduttrice, le sue lingue di lavoro sono: portoghese, inglese, spagnolo, italiano e francese. Ha vissuto in Svezia e in Italia. Pagina Facebook Tradutores Lusófonos.

Arrivederci e buono studio!

 

 

Momento poético – Florbela Espanca

FLORBELA-ESPANCA-POEMAS

(créditos da imagem – Conti outra)

Olá, pessoal!

O nosso post de hoje é um pouco diferente do habitual, pois não falaremos de gramática, mas, sim, de poesia. Escolhemos uma das mais expressivas poetisas portuguesas do século passado chamada Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 – Matosinhos, 8 de dezembro de 1930), pseudónimo de Florbela d’Alma da Conceição Espanca. Florbela viveu uma vida plena mas breve, cheia de sofrimentos pessoais e íntimos, que ela soube, como ninguém, transformar em poesia de alto nível, permeada de erotização, feminilidade e panteísmo. Os seus temas preferidos eram a solidão, a tristeza, a morte, a saudade, a sedução e o desejo. A sua obra é vastíssima, pois a nossa poetisa não escreveu somente poemas, mas contos, um diário, epístolas. Dedicou-se, também, à tradução de vários romances, colaborando, ao logo de sua vida, com revistas e jornais. Contudo, Florbela era, antes de tudo, poetisa de versos em forma de sonetos.

Escolhemos para vocês alguns dos tantos poemas de Florbela Espanca. O primeiro, “Tédio” é interpretado por Mariza, uma das vozes mais expressivas do atual cenário musical português. Boa leitura!

Tédio
Passo pálida e triste. Oiço dizer
“Que branca que ela é! Parece morta!”
E eu que vou sonhando, vaga, absorta,
Não tenho um gesto, ou um olhar sequer…

Que diga o mundo e a gente o que quiser!
-O que é que isso me faz?… o que me importa?…
O frio que trago dentro gela e corta
Tudo que é sonho e graça na mulher!

O que é que isso me importa?! Essa tristeza
É menos dor intensa que frieza,
É um tédio profundo de viver!

E é tudo sempre o mesmo, eternamente…
O mesmo lago plácido, dormente dias,
E os dias, sempre os mesmos, a correr…

Amar

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…

Desejos vãos 

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão é ate da morte!

Mas o mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!

E o sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras… essas… pisá-as toda a gente!…
Florbela Espanca – Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não es sequer razão do meu viver,
Pois que tu es já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo , meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu es como Deus: Princípio e Fim!…”

Pequena Biografia

Em novembro de 1903, aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte». Ainda no mesmo ano, Florbela começa a escrever uma poesia sem título, o seu primeiro soneto.

Sofrendo de neurastenia, desde muito jovem, escreve em 1906 o seu primeiro conto, «Mamã!».

Numa festa do colégio, Florbela recita, pela primeira vez, versos seus em público. É no ano seguinte que Florbela inicia o seu caderno «Trocando Olhares».

Na sequência do seu divórcio e já debilitada pela sua doença, em 1919, Florbela publica o «Livro de Mágoas». No ano seguinte inicia «Claustro das Quimeras».

Em 1923, Florbela vê publicado o «Livro de Soror Saudade».

Em 1927 publica oito trabalhos seus, e prepara «O Dominó Preto». Após a morte do seu irmão assoberbada pela tristeza escreve «As Máscaras do Destino».

Em 1930, começa a escrever o seu «Diário do Último Ano» e publica «Charneca em Flor».

Depois de uma vida conturbada, a 8 de dezembro, dia do seu nascimento e do primeiro casamento, Florbela suicida-se.

Até breve e boa leitura!

Capoeira – um esporte genuinamente brasileiro

Em tempos de olimpíadas, vale a pena falar de um dos esportes mais genuinamente brasileiros, isto é, a capoeira, uma luta criada pelos descendentes de escravos de origem africana que nasceram no Brasil. No exterior, é também conhecida como “brazilian martial art” ou arte marcial brasileira.

capoeira wikipedia

(créditos da imagem – Wikipédia)

O termo capoeira significa “mato que nasce depois do desmatamento”, talvez porque fosse praticada no meio dos matos, com os lutadores/escravos bem próximos do chão, para não serem descobertos por seus donos e senhores. Em poucas palavras, esses seres humanos escravizados se defendiam da opressão e da injustiça que sofriam.

Originalmente, a capoeira era uma luta lenta jogada bem próxima ao chão, como já foi dito anteriormente, diversa daquela que é ensinada hoje nas academias de todo o mundo ou jogada nas praias, conhecida, também, como capoeira regional. Esta apresenta movimentos mais acrobáticos e é jogada em pé, com regras especificas de uma modalidade esportiva. Em meados do século XX, houve uma ruptura e, logo, se verificou o retorno à prática da copeira angolana jogada, sobretudo, nos guetos baianos.

berimbau-parts

Berimbau

Uma condição muito importante para se jogar a capoeira é a música de ritmo constante tocada por membros da roda, que precisam responder ao canto denominado “ladainha”. As ladainhas são acompanhadas, em geral, por alguns instrumentos, como, por exemplo: berimbau, pandeiro, atabaque, caxixi, agogô e reco-reco.

Instrumentos Capoeira

Roda de capoeira na praia de Boa Vontade, Rio grande do Norte:

Até logo e bons estudos!

O verbo “estar”

verbo estar

Olá, pessoal! O nosso post de hoje trata exclusivamente do verbo ESTAR. Há algum tempo, publiquei um post sobre o verbo SER. Na língua portuguesa -diferentemente de outras línguas neolatinas ou pertencentes a outras famílias linguísticas – existe uma diferença muito significativa entre os verbos ser e estar. Não foram poucas as vezes que os meus alunos tiveram dificuldade para entender a diferença entre um e outro, sobretudo os italianos, que fazem um amplo uso do verbo “essere” (ser) exatamente com a conotação do verbo “estar”.

Algumas particularidades do verbo ESTAR [do lat. stare]:

eu estou
tu estás
você está
ele/ela está
nós estamos
vocês estão
eles/elas estão

Verbo predicativo

a) Ser em um dado momento; achar-se (em certa condição):

Hoje o tempo está nublado/quente/frio.

b) Achar-se, encontrar-se em um certo estado ou condição:

A criança está doente/com febre/gripada.

c) Manter-se, ficar (em certa posição):

Os meninos estavam sentados/em pé.

d) Ficar, permanecer, conservar-se:

A polícia militar esteve de plantão toda a noite/por três semanas.

e) Vestir, trajar:

Ontem na festa, Ana estava com um vestido vermelho lindo!

f) Achar-se em circunstância transitória:

Meu marido está desempregado.

g) Ter atingido um determinado momento ou estado:

Carla está em um momento muito positivo da sua vida;

Minha filha já está em idade de casar.

h) Dedicar-se, envolver-se durante certo tempo;

Esteve meses a fio dedicado aos estudos para ingressar no colégio militar.

i) Estado de ânimo

Estou feliz/triste/cansado(a).

 Verbo transitivo circunstancial

a) Achar-se, encontrar-se em um dado lugar ou momento:

Ano passado esteve na Itália por dois meses; Carla está nos EUA; Valéria e o marido estão na França. 

b) Seguir uma profissão:

Qual a profissão de sua filha? Está no exército/na marinha/nas forças armadas.

c) Comparecer, presenciar:

Semana passada esteve na solenidade de abertura do ano letivo.

d) Ficar, esperar:

Esteja aí um momento, que eu vou chamar a patroa.

e) Haver, existir:

Bati à porta várias vezes, mas acho que ninguém estava em casa.

f) Ter disposição:

Hoje não estou para muita conversa.

Até logo e bons estudos!

“Aonde” e “onde”: qual é a forma correta?

tiras_post

(créditos da imagem – Tiras para livros didáticos)

Olá pessoal! O nosso post de hoje traz uma dúvida muito comum até mesmo para muitos falantes de língua portuguesa: aonde ou onde, qual seria a forma correta? As duas estão corretas, errado é quando usamos uma no lugar da outra. Vamos tentar entender?

a) aonde (adv.) – indica movimento; ao lugar que (em que direção); para o lugar que (para que direção); para qual lugar:

Aonde você quer ir hoje à noite? Dove vuoi andare questa sera?
Aonde eles foram? Dove sono andati?

No Brasil, “aonde” é usando também como exclamação que, diante de uma afirmação, indica dúvida ou descrença:

– O presidente renunciou. [Il presidente ha rinunciato.]
– Aonde! [Macché!]

b) onde (adv.) – em frase interrogativa (direta ou indireta); refere-se a um lugar onde alguma coisa está, indica permanência:

Onde está a minha bolsa? Dov’è la mia borsa?
Onde podemos colocar estes livros? Dove possiamo mettere questi libri?

Certamente, já entenderam que no italiano traduzimos seja “aonde” seja “onde” pelo advérbio “dove“.

Até breve e bons estudos!

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